Não escondo de ninguém que sou apaixonado por estudar e mais ainda em aprender com outras pessoas. Também não escondo meu sentimento em cada vez mais enxergarmos a publicidade como uma desenvolvedora de negócios e não apenas de comunicação.
Estou lendo agora o Livro Design Thinking, de Tim Brown (recomendo leitura a todo e qualquer profissional – não apenas da área criativa) e comungando profundamente da abordagem nele exposta.
Vamos começar: primeiro, esmiuçando a etimologia da palavra, pode-se afirmar que:
· “design” é uma ferramenta que auxilia na idealização, criação e desenvolvimento de projetos
· já “thinking” é uma expressão inglesa que significa “pensar”
Design Thinking seria portando, pensar em um projeto ou pensamento em design.
O mundo muda, as necessidades se modificam e as soluções precisam acompanhar essas transformações. Antes ter uma equipe multidisciplinar era um grande diferencial nas organizações, hoje, a solução está na interdisciplinaridade. Mas, qual a diferença?
· Uma equipe multidisciplinar é composta por especialistas, onde cada um dá sua colaboração isolada.
· Já a equipe interdisciplinar são especialista dispostos a adentrar e realizar a atividade do outro de forma a colaborar mutuamente e reciprocamente para o crescimento do projeto como um todo.
Enquanto um foca em parte, o outro foca no todo.
Mas o que isso tem a ver com design thinking? O primeiro passo para uma ideia de fato diferente, coerente e solucionadora é ter equipes maduras e dispostas a colaborar ricamente com um projeto tendo seu olhar holistico (ou seja, deixe seu ego de lado).
ENTENDENDO MAIS UM POUCO:
Estamos sempre com muitas metas para bater, indicadores para alcançar e pouco (ou nenhum) tempo para inovar e experimentar.
A correria do dia a dia nos impede de olhar o mundo melhor e consequentemente decodificar necessidades e soluções de maneira inteligente. Resultado? Fazemos mais do mesmo.
Pegando a publicidade como exemplo, o que sempre observamos sendo contemplado em nossos planos de mídia? Rádio, televisão, jornal, outdoor e mais uma coisinha e outras. Por que não pensar diferente? A resposta foi dada no parágrafo anterior: por falta de tempo.
O design thinking não deve ser considerado como uma metodologia, por que se assim fosse, nos exigiria um procedimento (passo-a-passo) a ser estudado, portanto, o denominaremos como uma abordagem.O principal objetivo dessa abordagem é olhar o mundo (e as pessoas) sobre uma nova perspectiva, tendo pessoas (profissionais) plurais e interconectadas.
A grande proposta desse enfoque é possibilitar a discussão de soluções fora do comum e sobretudo, prototipar as soluções pensada, acompanhando sistematicamente os resultados e evolução.
Com o design thinking devemos nos livrar das amarras impostas pelas soluções baseadas na forma tradicional de pensar e reprogramar nosso mapa mental, buscando sempre alternativas, caminhos e soluções ainda não exploradas.
É difícil? Sim, mas possível.
E ai você me faz uma pergunta: -e se meu colega pensar totalmente diferente de mim?
Resposta: – ótimo!
Quanto mais ideias diferentes, melhor. O importante é organizar esses insights e filtras pluralmente essas soluções (mais uma vez, lembre-se, deixe seu ego de lado)
Aqui vão alguns pontos que são fundamentais trabalhar no estudo e geração de insights para o Projeto de Desing Thinking:
Defina um problema
Investigue soluções tendo como centro o consumidor final (pessoas)
Idealize soluções para o problema, tomando como base sua investigação (observar as pessoas será fundamental para colaborar neste processo)
Prototipe sua solução – faça testes
Selecione os recursos e pessoas necessárias
Implemente a solução utilizando o PDCA para acompanhar eficientemente a solução
Aprenda – por fim, o processo de aprendizagem é sine qua non – explore ao máximo esse ponto para que a equipe possa de fato evoluir nesta e em demais soluções.
Espero que esta dica tenha sido útil, e não esqueça: aprender, desaprender e reaprender são atitudes fundamentais em nosso mercado.
Pós-Fernando Coelho, pós-graduando MBA em Marketing, Especialista em Administração Estratégica pela Universidade Estácio de Sá Rio do Janeiro (2012). Bacharel em em Comunicação Social com Habilitação em Publicidade e Propaganda pela Faculdade São Luis (2010). Possui experiência em Comunicação e Marketing com ênfase em planejamento de comunicação, mídia, marketing, comunicação institucional e ações de marketing.