Somos humanos e vivemos de emoção. Hoje em dia o elemento surpresa é o que está em alta quando falamos de comunicação. Em um mundo onde todos têm acesso à informação, onde o Google é a nova enciclopédia, as redes sociais os diários da vida das pessoas, o desafio para as marcas é fazer-se amar. Conquistar novos públicos e fidelizá-los.
Como as empresas podem fazer rebuliço nas redes e estar presentes no dia-a-dia do consumidor? E ainda mais como ele pode ser um replicador de mensagens?
O elemento surpresa é uma ferramenta sensacional de engajamento para as marcas. O envolvimento e a experiência que o consumidor terá com ela, podem ser sentidos e replicados agora por milhares de usuários por meio da internet. O consumidor não precisa mais estar presente na frente da gôndola para ser ativado.
Seja com o Adam Levine dando uma “canja” em um casamento, um convite para tocar ao vivo com uma banda em um programa de TV, uma celebridade batendo na porta da sua casa, ou até mesmo aquele antigo taxista, conhecido por todos da TV. A surpresa encanta, choca, tira toda a sua emoção e põe tudo à mostra. Deixe a pessoa sem amarras. Não dá para fingir quando somos surpreendidos, pelo menos não o tempo todo.
A comunicação e o envolvimento assim dão certo porque gostamos de ver emoções alheias, gostamos de ver o outro rir e chorar. Gostamos de saber de vida alheia e com as redes sociais ao invés de esconder nossos sentimentos fica tudo ali, exposto na vitrine, para todo mundo ver. E sem nenhuma vergonha compartilhamos se rimos ou choramos com direito até a ícone com a carinha feliz – se sentindo feliz :).
Assim as marcas começam a apostar muito no real. Com menos banco de imagens e mais álbuns de família. Começamos a ver mais fotos e vídeos reais com gente normal, que não foi ao cabeleireiro e nem ao maquiador. Essa tendência promete perdurar e acredito que será cada vez mais difícil surpreender este consumidor que está ficando muito exigente e alerta.
Mas enfim é um excelente desafio aos criativos e ao marketing das empresas e um convite aos consumidores que estarão esperando, “sem esperar” para serem surpreendidos.
Por Mariana Matarazzo Souza, graduada em Desenho Industrial pela Faculdade Belas Artes de São Paulo e Pós-graduada em Fotografia pelo Senac SP. Atua desde 2001 como Diretora Executivo da Agência Boxx atendendo clientes como Unilever, Ingenico, Wacker, Reed Exhibitioins Alcântara Machado, Battistela, Andrade Gutierrez e Equillibrium Healthy Food.
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