Diversificar a atuação de uma empresa, muitas vezes, é inevitável, para ela se manter firme no mercado em que atua. É muito comum, no entanto, que as organizações se percam nesse percurso e acabem piorando uma situação que, em muitos casos, já é ruim. E o principal motivo para o fracasso, geralmente, é a falta de foco.
Com o objetivo de auxiliar empreendedores nesse processo, o meuSucesso trouxe para a First Class o professor Luiz Roberto Carnier, que apresentou orientações extremamente relevantes. Para ele, o primeiro passo é a empresa definir de maneira clara o que, de fato, significa ter foco.
“O que é foco? É você se concentrar no que você tem de melhor, porque é aquilo que você tem de melhor que vai fazer seu grande sucesso”, destaca o professor. Ele ressalta que, por mais que a empresa amplie sua gama de produtos ou serviços, faça uma mudança aqui, outra acolá, é fundamental manter sempre a essência.
Qual é o seu negócio?
Para identificar o que vai estar em foco, o empreendedor deve se fazer a seguinte pergunta: Qual é o meu negócio? A princípio, isso parece simples de se responder. Mas, na prática, não é. Para exemplificar, Carnier cita uma frase de Peter Drucker que é bastante ilustrativa dessa questão: “Não me ofereça sapatos. Ofereça-me conforto para meus pés e o prazer de caminhar”.
Isso significa olhar a empresa de maneira ampla, com a capacidade de enxergar sua totalidade, sua missão e seus objetivos. “O que é, por exemplo, o negócio da Disney? Sonhos e fantasias. O da Apple? Criar produtos e soluções incríveis”, explica o professor.
Por fim, para definir seu negócio, você deve levar em conta esses três fatores: 1 – Ambiente da organização; 2 – Missão clara do negócio da organização; 3 – Competências para cumprir a missão.
A importância da estratégia: o foco
Todo processo de mudança precisa ser planejando. E o plano precisa ser estratégico. Afinal, como explica Michael Porter, “estratégia é fechar o foco”.
Estratégia, segundo Porter: “Um conjunto diferenciado de competências e atividades resultando em uma combinação única de proposição de valor”. “Isso significar dizer o que fazer (e o que não fazer), para quem (e para quem não), por que comprarão de nós (e por que não) e quais os segmentos prioritários”, explica Carnier.
Nesse caminho, é preciso ainda ter em mente que uma boa estratégia deve ser diferente, difícil de ser copiada e ter valor.
Fonte: Administradores.com.br | Foto: Divulgação.