Maio começou com um feriado, mas também com a F8, conferência anual do Facebook. Isso fez com que o nosso giro de notícias semanal sobre tech e Marketing Digital saísse um pouco mais cedo, com uma edição especial falando só do F8!

 

F8, a conferência anual do Facebook, anuncia foco da privacidade

O Facebook está mesmo abandonando seu foco na “praça pública”, que é como Mark Zuckerberg costuma se referir ao News Feed. Os principais anúncios da F8 foram todos nessa direção.

O Messenger ganhou os holofotes durante a conferência. Zuckerberg acredita que é nele que as pessoas vão trocar fotos, vídeos e, claro, mensagens, com amigos muito próximos e familiares. O app para celular vai mudar completamente, e será lançado um para desktop.

Será possível ver stories de seus contatos mais próximos no Messenger, que também terá upgrades para marcas e empresas. “Ah, mas eu não uso essas funções”, você pode dizer. Quase 2 bilhões de pessoas usam o Messenger, e 500 milhões o Facebook Stories.

Facebook e Instagram

Os aplicativos mais famosos de família Face não foram ignorados, evidentemente. Comecemos pelo Instagram, que ganhou stickers de doações para causas, uma nova câmera e formas de comprar diretamente de posts criadores de conteúdo.

O anúncio que mais chamou a atenção, porém, foi o teste de remoção de likes nos posts no Insta. A ideia, que faz parte de uma iniciativa para tornar o uso do app mais saudável, será avaliada no Canadá e, possivelmente, expandida para todo o mundo.

Já o aplicativo-mãe, o Facebook, vai ganhar uma cara nova, perdendo os tons azuis e ficando quase todo branco. Mais importante é que os grupos terão mais destaque no News Feed, também seguindo a linha do foco na privacidade.

WhatsApp e mais

Não é porque o Messenger vai bombar que o Zapzap será abandonado. E a novidade deve agradar pequenas empresas: o usuário poderá ver um catálogo de produtos quando estiver se comunicando com uma marca no WhatsApp.

No fim das contas, Mark Zuckerberg está realmente falando sério sobre esse shift para a comunicação privada. É interessante pensar como o Facebook vai adaptar seu modelo de negócios, baseado em anúncios direcionados de acordo com os dados dos usuários.

As mudanças no Facebook

O Facebook segue dando respostas aos escândalos dos últimos anos. Até mesmo a mudança visual pode ser compreendida nesse sentido, algo como um distanciamento de imagem de um período crítico. Ah, e também para ficar mais parecido com o Messenger.

O shift para a comunicação privada também tem a ver com isso. Algumas das polêmicas relacionadas à privacidade até não existiriam  — ou não surpreenderiam  — se os usuários lessem os termos de uso ou tentassem compreender por que o site é “gratuito”.

Porém, de fato houve vazamentos de dados e uso político de brechas do Facebook. A empresa precisava agir para recuperar a confiança das bilhões de pessoas que usam seus aplicativos. Só que elas não estão mais usando a rede social como antigamente.

Assim, não faz mais muito sentido mesmo focar na “praça pública”. Os jovens não estão mais lá. Os adultos mais jovens quase não estão mais lá. Quem não migrou para outros apps está nos grupos de assuntos específicos e, potencialmente, no Messenger.

Por que o Messenger?

Como dissemos no começo do texto, muita gente usa cotidianamente o Messenger  — mais do você imagina. Assim, o F8 trouxe a notícia que ele vai mudar completamente, agregando novas funções e, finalmente, tendo uma versão completinha para o desktop.

A questão da privacidade é meio óbvia aqui. Aliás, ele também passará a ser encriptado, como o WhatsApp. As pessoas terão mais oportunidades de engajamento com a família e amigos realmente próximos, como watch parties e stories exclusivas.

Pensando um pouco além, o Facebook pode estar dando passos no sentido de emular a experiência do WeChat. O aplicativo é, basicamente, um faz-tudo na China. Seus usuários podem, até mesmo, realizar transações bancárias e fazer compras. Ou seja…

Não à toa, o F8 também trouxe novidades para empresas que usam o Messenger. Um novo tipo de anúncio redirecionará os usuários para um questionário, acelerando o processo de conversão. Passa a ser possível, também, fazer agendamentos diretamente da conversa.

Instagram sem likes?

Até que ponto o número de likes que uma foto ou vídeo recebeu influencia sua percepção e vontade de engajar? O conteúdo fica mais ou menos bonito ou relevante dependendo do número de reações? Pense nisso, porque o Instagram está pensando.

O teste de remoção dos likes já começou no Canadá. É um esforço louvável de avaliação da relação dos usuários com a rede social, e vice-versa. Em paralelo, o Instagram anunciou medidas antibullying, mostrando que quer mesmo diminuir seu nível de toxicidade.

A notícia preocupa alguns influenciadores e empresas que dependem desses números para fazer negócios. O Insta está pesquisando maneiras de compensar isso. Vale lembrar que boas estratégias de Marketing Digital vão além de métricas de vaidade, como likes.

Fonte: resultadosdigitais.com.br